Olá amigo leitor, você sabe ou
já deve ter visto ou ouvido falar em aterros sanitários não é mesmo? Pois bem. Um
aterro é um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela
atividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, de
serviços de saúde, da indústria de construção, ou dejetos sólidos retirados do
esgoto. Existem três tipos de aterros: Aterro
Sanitário; Aterro Controlado; Aterro Não Controlado.
Conceitualmente,
o Aterro Sanitário é um processo utilizado para a disposição de resíduos
sólidos no solo, particularmente do lixo domiciliar, que fundamentado em normas
operacionais específicas, bem como, baseado e amparado em critérios e métodos
de engenharia, permite uma confinação segura, em termos de controle de poluição
ambiental e proteção da saúde pública.
Embora haja aterros
sanitários irregulares em muitos locais do país, a construção de um aterro
requer muitos cuidados que, devem atender melhor diversas condições e características
do local, tais como:
Meio físico como hidrogenia, direção dos ventos,
relevo do terreno, precipitação pluviométrica, caracterização geológica e
geotécnica, umidade relativa;
Meio biótico - como a fauna, a flora e o
zoneamento ambiental;
Meio antrópico - como a demografia e estruturas
urbanas, econômicas e viárias - interreferênciais.
Entenda
melhor!
Um aterro sanitário
pressupõe 3 (três) etapas essenciais, tanto para a sua viabilidade de
implantação física quanto para o seu funcionamento adequado.
1º ETAPA- ESTUDO CONCEITUAL:
É o momento de se tomar conhecimento do problema, ou seja, a etapa vai contemplar
as informações básicas sobre os resíduos a serem dispostos no aterro a ser
instalado e a projeção de produção sobre todo o período de alcance do projeto. É
feita a projeção da população urbana a ser atendida pelo projeto do aterro em
execução, para se avaliar ano a ano, a produção futura de resíduos que o aterro
comportará. O valor da produção de resíduos per capita, multiplicado pela
população, ano a ano, corresponderá à projeção da produção de resíduos no final
do projeto, sendo então, o valor considerado para o dimensionamento total do
aterro e para o estudo ambiental visando os licenciamentos.
2º ETAPA- ESTUDO BÁSICO:
Nesta etapa é feita a seleção e caracterização do local para o aterro
sanitário. Serão informados os elementos do projeto básico, os sistemas de
drenagem de águas pluviais, a produção de chorume e a sua drenagem, remoção e
tratamento, a produção de biogás e seu sistema de drenagem e destino final, o
sistema de impermeabilização superior e inferior do aterro, a definição das
unidades de apoio administrativo, a posição do aterro de emergência e resíduos
especiais e a fixação dos parâmetros do projeto executivo do aterro. Deverão
ser estudadas as características capazes de controlar os riscos de contaminação
da água, do ar e do solo, com afastamento ideal das áreas de proteção de
mananciais.O local deverá contar com sistema de serviços públicos, tais como
redes elétrica, de água e de telefone, oferecer possibilidade de múltiplos
acessos, dispor aparentemente, no próprio local, de material de cobertura em
quantidade e qualidade e devem ser consideradas, segundo a lei de ocupação do
solo, as oportunidades de desapropriação e facilidades de aquisição do terreno,
entre outras.
3º ETAPA - PROJETO EXECUTIVO:
Esta fase aborda a concepção e a justificativa do projeto, com o organograma de
todos os dimensionamentos e critérios e a fixação e previsão de todos os passos
essenciais e necessários à conclusão do mesmo. Contempla o dimensionamento dos
elementos do projeto executivo do aterro, o dimensionamento de águas pluviais e
superficiais, na drenagem e tratamento final do chorume e do biogás, da
especificação dos equipamentos operacionais, de pessoal, de transporte, fixação
de critérios operacionais do aterro sanitário e controle tecnológico, previsão
do futuro uso do local, tipos de monitoramento, estimativas de custos e
cronograma físico-financeiro.
Resumindo
melhor! Um aterro sanitário apto a realizar a codisposição
de resíduos sólidos industriais inertes e não inertes com resíduos sólidos
domiciliares, caracteriza-se por possuir:
- Condições hidrológicas favoráveis;
- Sistema de impermeabilização da base do aterro
sanitário (linear);
- Sistema de drenagem sub-superficial de líquidos
percolados;
- Sistema de drenagem vertical de gases;
- Tratamento de líquidos percolados (água +
chorume);
- Equipamentos adequados para compactação e
cobertura diária dos resíduos sólidos dispostos na frente da operação, de forma
a evitar vetores transmissores de doenças e reduzir infiltrações de águas
pluviais na massa de resíduos, bem como realizar obras de infra- estrutura
necessária;
- Controle, pesagem e manifesto de cargo dos
resíduos sólidos dispostos;
- Análises físico-químicas, ensaios de
solubilização e lixiviação de resíduos sólidos domiciliares, industriais
inertes e não inertes, de forma a caracterizar os resíduos dispostos;
- Sistema de drenagem de águas pluviais;
- Sistema de monitoramento hidrogeológico de
efluentes, águas subterrâneas e corpos hídricos próximos ao empreendimento;
- Mão de obra qualificada para administrar, operar
e dar manutenção ao empreendimento;
Como já foi mencionado no
inicio, um outro tipo de aterro é o
aterro
controlado, que é um local onde os resíduos são descartados diretamente no
solo (sem nenhuma impermeabilização), porém recebe certo controle para
minimizar seus impactos. Embora não seja uma forma de destinação ideal,
costumam ser aceitos pelos órgãos ambientais (isso varia de Estado para Estado)
de forma temporária, enquanto o município procura outras formas de destinação.
Podemos dizer, então, que os aterros controlados são uma espécie de transição
entre os lixões e os aterros sanitários, mas é importante frisar que os aterros
controlados são apenas uma forma de minimizar o impacto do descarte de resíduos
e atender a legislação não constituindo de forma alguma um meio adequado do
ponto de vista ambiental.
Tudo isso nos faz acreditar
que os aterros são a “melhor opção” dentre as citadas, pois esta escolha
abrange estudos econômicos e financeiros, as áreas para disposição final de
resíduos sólidos devem ser escolhidas segundo critérios pré-estabelecidos,
sendo necessário seguir alguns padrões para que o meio ambiente não se prejudique
com a criação de um aterro, e daí toda essa preocupação é um diferencial
importante na escolha do destino das toneladas lixos, pois é o nosso planeta
que está em “jogo”.
Fonte:
- Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAeCMAJ/aterros-sanitarios-controlados-nao-controlados-lixoes>
Acesso em 14 de julho de 2014.
- Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA8a8AD/aterro-sanitario>
Acesso em 14 de julho, 2014.
Endereço
eletrônico das imagens:
- Disponível em: <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZuHu-CbpzOTPQj8o1rbR4sGpbSUo0ju_rZBE8Lp3Cpbq8yaojeNHXInE5JPZ6wxe-4lHXdns0dAOzXLlBqFxJ_m5sWVVdr3hpbCgcsA24DCuTeV_ULOMeOPJEsGGr98Yd6appl9Id-iw7/s1600/aterro+sanitario.bmp>
Acesso em 14 de julho, 2014.
- Disponível em: <http://www.ecochoice.com.br/servidor/dicas/39.jpg>
Acesso em 14 de julho, 2014.